quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Será que sou bobo se disser não?

Por que os adolescentes começam a usar drogas? Várias são as hipóteses para este questionamento, não há um motivo isolado, determinante. Alguns estudos apontam que esse período em que o jovem começa a definir amizades acaba tornando-se mais facilmente manipulável, pelos grupos ou pela mídia e então, há forte risco de contato com substâncias químicas, drogas lícitas ou ilícitas; os grupos costumam pressionar o jovem para aceitar iniciar o consumo no intuito de que “seja um dos seus”. Muitos crêem ERRONEAMENTE que seu uso oferecerá algum tipo de status no meio de convivência.
A mídia fortalece bem esta idéia ao apresentar de forma glamorosa as campanhas publicitárias explícitas ou subliminares sobre o consumo destas substâncias. O acesso fácil, aliado à curiosidade são algumas das explicações para esse fato.
O uso de drogas é para muitos, uma forma de denunciar o abandono, a necessidade de mudanças. É a válvula de escape para suas frustrações.
Sabemos que torna-se cada vez mais fácil a obtenção de drogas em qualquer idade. Maconha, cigarro e álcool são as mais utilizadas, embora o crack também esteja agora também fazendo parte deste contexto, sendo inclusive, misturado à maconha para que a dependência ocorra mais rapidamente.
As drogas modificam as funções cerebrais, atenuando o sofrimento psíquico e proporcionando certo prazer e são essas sensações que os usuários buscam a cada novo contato. Mas os resultados destas “viagens” vão mais além do perceptível; o consumo constante prejudica o funcionamento neuronal, modificando o desempenho das funções cerebrais e aos poucos os sinais do desgaste provocado deliberadamente passam a ser percebidos de forma mais evidentes.
Portanto, no intuito de atenuar problemas específicos como insegurança, stress, baixa auto estima, sentimentos de rejeição e outras dificuldades, o jovem percorre este difícil caminho para o vício. Difícil mesmo.
Se te oferecerem drogas, por mais que você não esteja bem por dentro, rejeite. Se surgir a vontade de usar, ignore. A sua curiosidade pode custar bem caro. Seja forte!

Pô, cara!

"A cada ano 1 em cada 20 adolescentes contraem uma DST; 1 em cada 4 abortos realizados são em adolescentes; pelo menos 120 milhões de mulheres engravidam sem planejar; 20 milhões de mulheres colocam sua saúde e vida em risco, por causa de abortos; acontecem 330 milhões de novos casos de DSTs, e 1 em cada 20 adolescentes é infectado; o vírus HIV infecta 5,2 milhões de pessoas, mais da metade delas são jovens com menos de 24 anos"!

A sexualidade é um campo muito amplo da vida, abrangendo todas as áreas do ser e do viver. Sexualidade vai muito além de “sexo” e “transa”, por isso mesmo é tão importante. Envolvimento emocional deve vir antes de sexo. Considere as conseqüências de uma relação muito íntima bem antes de chegar a essa fase. Decida o que é certo ou errado para você e aprenda a dizer não. Ser responsável é ter consideração pelos demais. É importante ser responsável nos relacionamentos. A irresponsabilidade acaba provocando problemas. Se liga!

Me falaram de uma tal de pílula do dia seguinte...

A pílula do dia seguinte é considerada por médicos e cientistas como um contraceptivo de emergência, no entanto existem muitas controvérsias e discussões polêmicas a respeito do assunto.
A pílula do dia seguinte é um método anticoncepção que deve ser ingerido preferencialmente antes de completar 12 horas depois da relação e até no máximo 72 horas depois da relação sexual, passado este prazo ele se torna ineficaz, ou seja, não terá mas nenhum efeito sobre uma possível gravidez. Atenção que são duas doses do remédio, a segunda dose deve ser tomada 12 horas após a primeira dose.
Clique na figura para visualizar melhor:

Para quem têm duvidas a respeito da eficiência da pílula do dia seguinte, os cientistas afirmam que sua capacidade de ação está vincula ao menor espaço de tempo entre a relação sexual e a ingestão da pilula, assim:

- até 24 horas depois da relação as chances de evitar a gravidez são de 95%;

- de 25 a 48 horas depois da relação a eficácia diminui para 85%;

- de 49 a 72 horas depois sua eficácia cai para menos de 50%.

Assim a pílula do dia seguinte não é 100% garantida, nem mesmo sendo ingerida dentro das 12 primeiras horas, nesse período de cada 100 mulheres que fazem uso do medicamento 5 engravidam. É importante ressaltar que a pílula do dia seguinte, só tem efeito posterior a relação sexual, assim como não terá efeito por exemplo para duas ou três relações sexuais, pois ela serve para prevenir a gravidez que pode ter ocorrido no dia anterior e nunca a que virá a ocorrer.
A pílula do dia seguinte é um anticontraceptivo de emergência e só deve ser utilizado por mulheres que tiveram algum acidente, furaram a camisinha, ou estavam desprotegidas naquele dia e em período fértil, ela NÃO deve ser utilizada regularmente a cada situação, pois cada comprimido tem o efeito hormonal de 10 comprimidos anticoncepcionais em média, ou seja, é uma bomba de hormônios no organismo da mulher que pode, com certeza apresentar efeitos colaterais posteriores, assim ela foi desenvolvida como uma medida de emergência!

Tabelinha?

A tabelinha é um método baseado em cálculos sobre a possibilidade de a mulher engravidar em épocas diferentes do Ciclo Menstrual. Teoricamente a mulher é fértil no meio do seu ciclo. Ou seja, nos ciclos mais comuns de 28 a 30 dias a fertilidade máxima seria entre o 13º 14º e 15º dia, contando o primeiro dia da menstruação como dia 1º. Lembre-se: a tabelinha é um método muito falho, sobretudo em adolescentes, em função das alterações hormonais. Não é recomendado, mas o que vale é se informar.

E as pílulas?

As pílulas são hormônios sintéticos similares ao estrógeno e progesterona, os hormônios naturais produzidos pelo corpo da mulher. As pílulas atuam prevenindo a ovulação, ou seja, o óvulo não é liberado pelo ovário, como ocorre normalmente, aproximadamente no meio do ciclo menstrual. Deste modo não ocorre fertilização pelo esperma. Para começar a tomar, a adolescente deve consultar um médico, que lhe indicará a mais indicada e a forma de utilização. Ela não engravida, mas esse método não previne contra DSTs.

Ah! A camisinha...

A camisinha masculina é o método mais comum. Funciona como contraceptivo e também como uma barreira de proteção em relação às DSTs e AIDS. A maior desvantagem é causada pelas falhas de colocação ou vazamento durante o ato sexual. Engravida na primeira vez sem camisinha? Se a mulher estiver no período fértil, sem nenhuma proteção, ela poderá engravidar. Basta uma relação sexual para engravidar. Camisinha atrapalha o sexo? Não, a camisinha não deve atrapalhar o sexo, pelo contrário, aumenta a confiança em relação à não contaminação por DSTs. Camisinha tira o clima? Não, é só ser criativo e manter o clima durante a colocação. É preciso usar camisinha em todas as relações sexuais? Sim, sempre, para se proteger das DSTs e de uma gravidez indesejada. Pega AIDS usando camisinha? As pesquisas mostram que o uso da camisinha é a melhor maneira de se prevenir a AIDS (durante a relação sexual). Camisinha previne todas as DSTs? Sim, porque todo o conteúdo ejaculado na camisinha não entra em contato com a mucosa vaginal nem com o colo do útero da mulher. O que acontece se estourar a camisinha? Quando a camisinha se rompe o esperma cai dentro da vagina. Se a mulher estiver no seu período fértil, ela poderá engravidar. Além disso, se um dos parceiros tiver alguma DST, contaminará o outro. Como colocar? É bem simples:

1º) Coloque sempre a camisinha antes do início da relação, quando o pênis estiver ereto. Aperte o bico da camisinha até sair todo o ar, evite apertar demais para não estragar a camisinha;

2º) Deixe um espaço vazio de 2 cm na ponta da camisinha: ele vai servir de depósito para o esperma. Algumas camisinhas já têm uma ponta especial para esse fim;

3º) Sem deixar o ar entrar, vá desenrolando a camisinha até que o pênis fique coberto. Se ela não estiver bem encaixada ou se ficar ar dentro, a camisinha pode rasgar;

4º) Se a camisinha romper durante a relação, retire-a do pênis imediatamente e coloque uma nova. Tenha sempre várias camisinhas de reserva;

5º) Depois de ejacular, retire o pênis enquanto ainda estiver ereto. Quando o pênis começa a amolecer, a camisinha fica frouxa, permitindo que o esperma escape pela parte de cima (o que poderia causar contaminação);

6º) Retire a camisinha com cuidado: não deixe que ela escorregue, nem que o líquido seja derramado. Depois de retirada, amarre-a, e embrulhe-a em papel higiênico e jogue-a no lixo.
Cerca de 20% das crianças que nascem a cada ano no Brasil são filhas de adolescentes. Comparado à década de 70, três vezes mais garotas com menos de 15 anos engravidam hoje em dia. A maioria não tem condições financeiras nem emocionais para assumir essa maternidade. Acontece em todas as classes sociais, mas classe social não é desculpa. Camisinha, pílula, DIU, diafragama...Existem muitas formas de se prevenir. É só se antenar.